terça-feira, 24 de maio de 2016

Capitulo 12 - apelidos

Ok, acho que devo explicar os apelidos agora, não? Vamos para outro flashback.
“Era uma bela manhã de sábado, no comecinho de 2014. Eu acordei na cama dele, onde ele ainda dormia. Fui até a varanda do seu quarto e me sentei ali para ler meu livro.
– Bom dia, amor - Justin falou ao aparecer na varanda. - o que você está fazendo?
– Lutando contra zumbis - falei, irônica, e ele me mostrou a língua - brincadeira, to lendo, esperando você pra gente tomar café da manhã juntos.
– Que livro? - ele se sentou ao meu lado esquerdo e levantou o objeto para ver a sua capa - a seleção?
– Sim - eu coloquei o marcador na página e dei na mão dele - minha amiga me deu de natal, é MUUUUITO legal!
– Parece um livro de menininha, com essa capa.
– SENHOR BIEBER, nunca aprendeu a não julgar um livro pela capa?
– Então sobre o que é?
Li a sinopse do livro para ele, que me olhou desconfiado ao final.
– Livro de menininha - falou, me olhando com uma sobrancelha arqueada.
– JUSTIN!
– To brincando, Gi. Achei interessante a história, ela fica com o príncipe ou com o outro cara?
– Vai ter que ler pra saber - me levantei e saí em direção à porta.
– GIOVANA - ele correu atrás de mim - me conta, por favor…
– Não, você tem que parar de preguiça e ler alguma coisa - continuei andando e descendo a escada.
– Amor - ele falou, parado no topo das escadas - eu não tenho paciencia pra ler… Todo o tempo que eu estou livre eu prefiro ficar com você, fazendo alguma coisa mais interessante que ler… - ele me lançou um olhar de malícia - conta…
– Jay - fui até ele é segurei suas mãos - eu posso até te contar, mas não vai ter tanta graça… eu queria que você lesse comigo, pra gente ter algo a mais em comum, sabe? Um assunto novo…
– Tudo bem - ele falou - mas ler é tão chato, e se você lesse pra mim?
– Não é que é uma boa ideia? Você consegue pensar às vezes, Justin, que bonitinho!
– Ei!
– To brincando, te amo - beijei sua bochecha, segurei sua mão e voltei a descer a escada.

A partir desse dia, eu lia um capítulo do livro pra ele, e fizemos isso com todos da trilogia. Ao acabar, n’A Escolha, começamos a chamar um ao outro de ‘América’ e ‘Maxon’, não pela história deles, mas pelo amor que eles sentiam um pelo outro.”

Capitulo 11 - despedidas

Acordo por volta das 5 da tarde e Justin continua dormindo. Ligo para o serviço de quarto e peço para eles trazerem um café da manhã caprichado para nós. Um tempo depois, um garçom chega com um carrinho repleto das mais variadas coisas para café da manhã, que eu arrumo na mesinha de centro do quarto e vou até a cama acordar meu namorado.
– Ei amor - beijo sua bochecha e ele sorri - acorda.
– Hm - ele murmura - que horas são?
– Dormimos por quase 12 horas, tá na hora de acordar, vem.
– Ah, você parece minha mãe falando - ele reclama e volta a dormir.
– Justin! - eu subo na cama e me sento nele, com as pernas uma de cada lado do seu corpo - acorda amor, por favor… - acaricio seu abdômen definido - sabe, sempre achei muito legal isso de você dormir só de cueca - seguro o elástico da mesma e solto logo em seguida, causando um som baixinho de estalo.
– Ai - ele fala e abre os olhos novamente, sorrindo de canto - eu também adoro dormir de cueca, principalmente quando acordo com você sentada em cima dela - ele segura minhas mãos e me puxa até ficarmos bem próximos - bom dia, princesa.
– Eu também adoro sentar na sua cueca… Quer dizer, bom dia - abraço ele mas me levanto logo em seguida - vem, levanta, preparei uma surpresa pra você!
– Surpresa? - ele se levanta, curioso, e fica surpreso ao ver o pequeno banquete que eu preparei - uau. Não precisava disso.
– Foi o jeito mais rápido que achei de retribuir um pouquinho do que você faz por mim…
– Eu… eu nem sei o que dizer - ele me abraça novamente, aquele abraço que me traz segurança, como se ao estar nos braços dele eu estivesse protegida de todo o resto do mundo. - eu te amo. Obrigado. E você não precisa retribuir o que eu faço por você, Gi, de verdade.
– Eu sei mas… Eu quero. É o mínimo que eu posso fazer.
– Obrigado.
– Agora vamos comer, o desembarque é às 21h!
– Putz, verdade. Tinha esquecido que vamos embora hoje.
– Pois é, foi uma semana louca.
– Louca, porém maravilhosa - ele beija a minha cabeça e nos sentamos para comer.
Depois de comer, arrumamos nossas malas e deixamos tudo pronto para deixar o navio, e então descemos até o convés para aproveitar as últimas horas com nossos amigos. É a primeira vez que eu os vejo depois do pedido, então todos estão  animados querendo ver a aliança, saber quando será a cerimônia, ouvir o que temos a dizer a respeito do noivado… Nós os acalmamos, dizendo que a cerimônia ainda demorará bastante, visto que o sonho do Justin é casar aos 25 anos, o que ainda faltam 4 anos para acontecer. Então ficamos apenas discutindo o quão maravilhosa foi a nossa semana no navio, e eu percebo que vou sentir muita falta deles quando for embora.
Quando batem 20h, eu e Justin subimos de volta para o nosso quarto e começamos a nos aprontar para deixar o cruzeiro.
– Não quero ir embora - falo.
– Eu também não - ele vem até mim, me abraça e beija o topo da minha cabeça - mas temos que ir. Infelizmente.
– Foi uma semana tão boa…
– Foi mesmo. Mas haverão outras. A gente ainda vai viajar muito juntos, ok?
– Ok - separo o abraço e começo a pegar minhas roupas para colocar depois de tomar banho.
– Ei, posso tomar banho com você? - pergunta.
– JUSTIN! Que absurdo.
– Ah, como se a gente nunca tivesse feito isso!
– Ok, pode.
– Yay!
– Só não podemos demorar muito, beleza?
– Relaxa… Vai dar tudo certo.

E, de fato, deu. Às 21h nós estávamos desembarcando em Miami. Nos despedimos dos nossos amigos e familiares e pegamos um táxi. Isso também é parte da surpresa, ele só me conta quando já estamos no taxi.
– Então - começa - estamos indo para Orlando.
– ORLANDO??
– É, vamos ficar lá por uma semana! O quão maravilhoso é isso?
– MEU DEUS EU TE AMO - abraço ele - obrigada, Max.
– Tudo por você, Meri.

Capitulo 10 - Believe movie

"Essa memória também é da época da nossa volta. No dia 25 de dezembro estava marcado para sair o Believe Movie, segundo filme do Justin, dessa vez sobre a turnê e as polêmicas. Eu estava presente em algumas cenas gravadas, mas os produtores resolveram diminuir a minha presença ao mínimo possível, para não causar problemas com os fãs e nem acabar magoando o Justin, caso não voltássemos e terminássemos de vez.
Justin me avisou isso quando me contou sobre o filme, e eu não fiquei chateada nem nada, afinal aquilo fazia sentido.
Até que chegou o grande dia da premiere.
À frente do cinema tinha um tapete vermelho. Nas paredes, aquelas placas enormes para tirarmos fotos, uma delas foi feita à mão, em graffiti, e havia uma árvore de natal em outro pedaço do tapete. Do lado oposto, a multidão esperava pela chegada de Justin e seus convidados.
– Vamos? - Justin falou.
– Vamos - respondi e entrelacei meu braço no dele.
Após entrarmos no tapete, deixei Justin tirando algumas fotos e dando entrevistas e fui até a grade falar coms fãs. Conversei com alguns deles e dei autógrafos para outros que me pediam, e acabei ficando lá mais tempo do que eu esperava.
– Ei amor! - ele gritou. Ele estava quase no fim do tapete, perto de uma das árvores de Natal - vem aqui, vamos tirar umas fotos juntos?
– Claro - fui até ele - que poses a gente faz? - sussurrei.
– Só aja naturalmente - tiramos algumas fotos e finalmente entramos para ver o filme.
Realmente, tinham pouquíssimas cenas em que eu aparecia, mas isso não me impediu de amar o filme. Além disso, em uma cena ele falava de mim, na cena em que ele dizia que já teve o coração partido uma vez… me senti pessima.
Quando o filme acabou saí da sala de cinema chorando ao me lembrar da parte da Avalanna.
– Justin - abracei-o - eu… Desculpa não estar aqui quando aquilo aconteceu. Você certamente precisava de alguém naquele momento.
– Relaxa amor. Você está aqui agora, é isso que importa. - ele segurou minha mão e saímos pela porta dos fundos, onde seu carro nos aguardava.
– Ok… Mas desculpa. E desculpa por ter quebrado seu coração. Você sempre diz que não fui eu mas mesmo assim não consigo evitar de me sentir culpada.
– Não tem porque se desculpar. Esquece isso, amor, vamos seguir em frente ok? Vem, ainda tenho que te dar seu presente de natal.
– Presente? Justin eu…
– Amor, para de drama e vem logo - ele abriu a porta do passageiro para mim e foi até o outro lado do carro.
Ele passou sua mão pela minha perna, se inclinou em minha direção e me beijou rapidamente. Resmunguei em contradição, pois eu queria mais daquilo.
– Eu realmente gostaria de terminar esse beijo, mas alguns fãs já nos acharam. Vamos, em casa podemos acabar o que começamos - ele apertou minha coxa, deu partida no carro e fomos para casa.
Quando entramos, eu fui até ele, segurei seu rosto com as minhas maos e beijei-o com vontade. Subimos para o quarto em meio a vários beijos e nos sentamos na cama. Empurrei-o até ele ficar deitado e eu ficar sobre ele.
– Gi - falou, ofegante - eu realmente preciso te dar seu presente de natal.
– Eu pensei que esse fosse meu presente - me sento, ainda sobre ele, e fico passando meu dedo indicador sob sua camisa, que durante o beijo eu arranquei de dentro das suas calças.
– Esse pode ser seu presente DEPOIS. Agora eu tenho outra coisa pra te mostrar. - saio de cima dele, que vai até a TV e coloca algo no DVD. Ele traz uma caixinha e coloca-a na minha mão.
– O que é isso? - falo ao pegar a caixa. Então eu olho direito para a capa do DVD. É como a capa do Believe Movie, mas completamente diferente. No centro está Justin, com as asas, mas ao invés da imagem ser toda preta ela é preenchida com fotos nossas. O título diz “Justin Bieber’s Believe: special edition” - Justin, não estou entendendo… É uma caixa do filme personalizado para mim? - ele ri e aponta para a TV.
– Não! É uma edição especial. Especial pra você, Gi.
– Pra mim? Como assim?
– Le a sinopse - viro a caixinha e leio o que está escrito atrás.
“Hey, Feliz natal, amor.
Gi, primeiramente, obrigado. Por tudo que você já fez, faz e ainda vai fazer pra mim. Como eu já te disse uma vez, ‘estou percebendo o quanto você fez a diferença na minha vida, a qual eu não quero viver com ninguém além de você’ (ainda vou colocar isso em uma música, você vai ver). Bom, este presente é a reunião das cenas cortadas do filme. Mas não quaisquer cenas, mas as cenas em que você estava. As cenas que eu julguei dolorosas demais para colocar no filme antes de voltarmos, as quais agora eu me arrependi de não ter colocado.
Enfim, é uma versão especial do filme para você. Espero que goste e se divirta assistindo.
Eu te amo demais.
Justin”
– Você tá brincando.
– Nope! - ele sorriu e eu o abracei.
– Justin eu… Eu nem sei o que dizer - passei minhas pernas pela sua cintura e fiquei de frente para ele, sentada em seu colo.
– Não precisa falar nada, só assiste o filme - ele pegou o controle e o apontou para a TV, mas eu arranquei o objeto da sua mão.
– Depois - juntei nossos lábios e deitei-o na cama - a gente assiste depois, ok?
– O-ok… - ele me virou e ficou por cima de mim - por mim tudo ok.”
– Aquela versão do filme é tão melhor do que a outra… - falo - só com cenas fofas nossas, no palco, backstage, em casa… Aquilo foi realmente incrível. Com certeza tá entre os meus filmes favoritos de todos os tempos!
– ENTRE OS SEUS FILMES FAVORITOS??
– É…
– ESSE É O MEU FILME FAVORITO DE TODOS OS TEMPOS!
– Amor, eu to brincando ok? É o meu também. Calma - abraço ele - se eu pudesse escolher um só filme pra ver a vida toda, seria esse. Mas eu prefiro viver esse filme, e não só assistir a ele.
– Eu também prefiro - ele fala e volta a me beijar - prefiro mil vezes.
Eu não consigo explicar o que eu sinto quando estamos juntos. É como se… É como se eu estivesse vivendo dentro de um sonho, do qual eu sinto que a qualquer momento eu vou acordar e perceber que aquilo não é a realidade, e sim algo criado pela minha cabeça louca. Sério, nosso relacionamento é bom demais pra ser verdade. Por exemplo, não brigamos quase nunca desde aquela briga, só algumas DRs e brigas de brincadeira; confiamos DEMAIS um no outro, a ponto de ciúmes ser algo quase nunca presente no nosso namoro; nossos pais aprovam tudo; nossos amigos também - com pequenas exceções, claro; os fãs dele me adoram, pois eles me veem como um deles, aquela que realizou o sonho de todos e conseguiu conquistar o Justin, e eles sempre estão escrevendo histórias, fazendo vídeos, fanarts, tudo para o nosso shipp, “Gustin” - também há exceções aí, claro que tem fãs que não gostam de mim, mas faz parte; enfim, tudo é TÃO perfeito que não parece real. Além de tudo isso, Justin vive demonstrando o quanto me ama e se importa comigo, sempre me surpreendendo. O maior exemplo disso - depois desse pedido de casamento - foi quando ele conseguiu que eu fosse diretora de um filme que será gravado nesse ano. É um projeto pequeno, mas já é alguma coisa, um começo para eu realizar meu sonho de ser diretora de cinema.
– Gi? - Justin fala me despertando do meu breve devaneio. Agora estamos deitados, voltados um para o outro.
– Oi Justin - olho para ele e sorrio. Ele segura minhas mãos e sorri de volta - eu te amo. Obrigada por tudo, meu noivinho. E obrigada novamente por essa noite, é incrível como você consegue me surpreender cada vez mais. E você ter colocado os meus amigos e parentes no vídeo… Uau, você sabe mesmo como atingir meu ponto fraco. Obrigada.
– Obrigado digo eu. E eu também te amo, demais - aperto suas mãos e me aproximo dele, juntando nossos lábios novamente.
– Ei - falo - estou morrendo de sono. Que horas são?

– São… 5 horas. Amor, a gente quase virou a noite! - resolvemos ver o sol nascer da nossa sacada e depois dormimos, ambos exaustos por conta de tudo que aconteceu nas últimas horas.

Capitulo 9 - Die in your arms

– Lembrei de pequenos momentos da Believe Tour, quando ainda estávamos juntos. - fecho os olhos novamente - die in your arms... - ouvindo ele falar, as memórias começam a passar na minha cabeça, como em um filme.
"Um dia ele estava me contando seus planos para a turnê enquanto ouvíamos as musicas que fariam parte da tracklist.
– So you love me as much as I love you?
– Would you hurt me baby? Could you do that to me?
– Would you lie to me, baby, cause the truth hurts to much more? - ficamos ali, intercalando trechos da música, e percebemos que Die In Your Arms daria um ótimo dueto.
– Amor, o que acha de cantar essa música comigo na turnê?
– É sério?
– Claro que é sério!
– Eu...
– Ah, não vem com essa de não sei, você topa sim.
E foi assim que eu entrei na Believe tour."
Lembro de todos os shows em que entrei junto com ele para cantarmos aquela música, que virou a "nossa música". No começo os fãs estranharam, mas depois eles aceitaram numa boa e fizeram trocentas montagens de nós com essa música ao fundo... Durante o tempo em que ficamos separados, ele cantou sozinho e, segundo ele, não era a mesma coisa.
– Lembra do show no dia 7 de março, quando estávamos separados?
– Lembro... - Justin fala.
"Havíamos 'terminado' três meses antes. Nós dois já tínhamos conversado por mensagem, mas mesmo assim estávamos bem abalados com aquela distância toda. Eu tentava não deixar transparecer, mas Justin nem tentava mais esconder. Ainda mais quando ele teve que fazer um show no dia do meu aniversário sem mim ao lado. Ele estava em Londres, e ele me via em tudo que olhava na cidade, pois é um lugar que eu amo muito e sempre sonhei em conhecer.

Então, entrar no palco sem ter me visto nos bastidores, foi doloroso. Ele já havia me enviado parabéns mais cedo, mas não era a mesma coisa sem mim ali.
– Bom gente, hoje é aniversário de alguém muito importante para mim - falou entre uma música e outra, meio envergonhado. - Hoje a Gi completa 16 anos, mas infelizmente não estamos juntos para comemorar essa data. Como todos sabem, demos um tempinho no nosso namoro no começo do ano, e estamos separados desde então. - todos fizeram um ooooh triste na plateia - Enfim, a próxima música é Die In Your Arms que, como vocês sabem, ela canta junto comigo nos shows. Eu consegui cantar sozinho nas últimas vezes, mas hoje não vou conseguir. Ao invés disso vou cantar 'Stuck In The Moment' no violão. Bom, Gi, eu te amo e espero que esteja bem. - ele pegou um violão que estava ali e começou a cantar e tocar, sozinho, o que era incomum em uma turnê, pois as músicas acústicas ele sempre cantava com o Dan.
Naquele mesmo dia ele me mandou uma outra mensagem, maravilhosa, me desejando um feliz aniversário novamente. Além de me parabenizar pelo meu dia, ele me agradeceu por tudo, falou cada uma das coisinhas pelas quais ele era grato em relação a nós. Falou que me amava e que estaria ali para o que eu precisasse. Eu não soube muito bem como reagir àquele texto. Ele acabou comigo de uma forma inexplicável. Eu quase desisti de tudo e peguei um avião para lá, quase voltei para ele. Chorei, li e reli as suas palavras e desejei, de todo o meu coração, que o tempo passasse mais rápido. Também me arrependi e me culpei por ter ido embora. Coloquei na minha cabeça que eu estava errada. E, por fim, mandei um áudio para ele explicando tudo isso que eu estava sentindo.
Ele acabou me convencendo do contrário, falou que tinha muito orgulho de mim por ter feito aquilo, que se fosse ele no meu lugar não conseguiria colocar a escola na frente de um relacionamento, que ele não seria forte a ponto de fazer o que eu fiz.
Consegui me acalmar um pouco com as suas palavras, mas ainda assim me sentia mal. Só voltei ao normal quando minhas amigas me deram uma lição de moral e me fizeram ver que eu estava certa sim, só estava fazendo um drama desnecessário. Depois disso, tudo ficou relativamente bem."
– Você fez tanto drama... E olha para nós agora.
– Pois é! Giovana do passado, shh.
– Shh - ele fala me beijando e me levando ao paraíso.
Durante o beijo, lembro-me de outra ocasião entre nós dois durante um show.
"No dia 3 de novembro, no Rio de Janeiro, dia seguinte ao nosso retorno, ele tinha um show para fazer e eu fui com ele. Fiquei nos bastidores, assistindo, e no meio do show, entre uma música e outra, ele se sentou no palco e começou a falar:
– Oi gente, eu tenho uma coisa pra contar pra vocês. Lembram da Gi, minha namorada? Nós tínhamos dado um tempo no começo do ano... Bom, ontem a gente conversou e... nós voltamos - ele abriu um sorriso enorme, e eu, nos bastidores, sorri com ele - finalmente. - a multidão bateu palmas e comemorou a nossa volta.
Justin foi até onde eu estava para me buscar, me deu um abraço enorme e um beijo antes de irmos para o palco.
– Obrigado por tudo - ele sussurrou e andamos até lá, sorrindo e de mãos dadas, sob os gritos da multidão.
– Oi gente! - falei acenando para eles, que gritaram mais ainda - é, eu voltei. Vocês vão ter que dividir o Justin comigo de novo, tudo bem? - após mais uma sessão de gritos, sorri e voltei a falar - vou levar isso como um sim.
– Mas dessa vez ela não vai embora, né amor? - eu assenti e nos abraçamos.
Os fãs começaram a gritar "beija, beija" em coro, e então demos um beijo apaixonado que, como sempre, me tirou da realidade por um momento.
– Eu te amo - falei, me esquecendo do pequeno microfone preso à minha boca.
– Também te amo - respondeu. Nos abraçamos novamente e, só então lembramos que estávamos em um show.
Cantamos "Die In Your Arms" juntos, como antigamente, e no final fizemos uma cena que costumávamos fazer - Justin cantando "baby please don't go, no" e eu indo embora do palco. Logo depois eu voltava, acenava para ele e para o público e ia para o backstage acompanhar o resto do show - mas dessa vez ele não me deixou ver o show dos fundos, ele fez questão que eu assistisse sentada no palco, perto do resto da banda e cantores de apoio. De vez em quando, entre uma música e outra, ele ia lá e me abraçava, causando comoção entre os fãs novamente."
– Outra lembrança - falo separando o beijo - to gostando desse negocio de reviver nosso relacionamento.
– Também gostei, deixa eu pensar - ele fecha os olhos e fica assim por alguns segundos. - lembra do believe movie?
– CLARO QUE LEMBRO!

Capitulo 8 - Journals


"Quando a Believe Tour acabou, tudo que eu e Justin queríamos fazer era aproveitar a companhia um do outro. Éramos inseparáveis.
– Gi, você ouviu o Journals? - estávamos na casa do Justin na época, em LA, no quarto dele (nosso, segundo ele) assistindo TV. Eu estava sentada entre as suas pernas, de costas para ele, mas me virei um pouco para olhar em seus olhos.
– Ainda não, amor... Estava esperando pra ouvir com você, pra você me explicar cada uma das músicas e eu reagir a elas - falei, abraçando ele.
– Hmm... O que acha de fazermos isso agora? - ele se levantou da cama para pegar uma caixinha de som portátil e conectá-la ao seu celular.
A primeira música era Heartbreaker. Aquela eu já tinha ouvido, tantos meses atrás, quando ele me mandou para tentar me conquistar de volta. Mesmo assim, ouvimos inteira.
– Essa você já sabe que é pra você... - falou quando ela começou.
– Sei... Quer que eu responda a letra dela?
– QUERO! Nossa, isso vai ser muito legal. - falou, animado. Eu cheguei mais perto dele na cama e ficamos abraçados, ouvindo. Pausei a música após a primeira parte, e fui fazendo isso a cada parte dela.
– Sim, eu sei como você se sente. Eu também passei meus dias pensando em você, amor... E relaxa, você nunca vai perder meu amor. O que nós temos é eterno.
(Refrão)
– Essa parte você já me explicou então...
(Parte 2)
– Que chuva, louco? - falei, me referindo à parte em que ele fala que está na chuva.
– É uma metáfora!
– Eu sei, to só brincando. A chuva, nesse caso, seria a pressão da mídia caindo sobre você?
– EXATO! Que bom que você me entende.
(Parte 3)
– Bom, essa parte eu já te respondi via mensagem aquele dia...
– Essa também é pra você - falou, se referindo a All That Matters.
– "You make me complete" olha só, alguém finalmente entendeu o que eu sempre digo!
– Sim, Gi. Você não me completa, você me faz ser completo. Demorei mas entendi o que você sempre me dizia.
– Que bom, Justin.
"Take the gas out the car, it won't drive. That's how I feel when you're not by my side"
– Justin, que lindo... - fomos para Hold Tight. Ele me disse que essa também era pra mim... Pelo jeito quase o álbum todo era.
"i'm the fan and you're the rockstar" - tá errado isso aqui, acho que é ao contrário... - ele riu e beijou minha testa. Começou a próxima música.
– Essa eu escrevi misturando a saudade que eu sentia de você, o que eu senti lendo a sua resposta a minha música e o que eu sentiria quando voltássemos - falou sobre Recovery.
"Now that I'm back around ya, nothing around me matters, hope you feel the same" quando essa parte tocou ele cantou junto, bem alto, me abraçando. Eu ri dele e falei que sentia o mesmo.
Em Bad Day, o trecho que me fez parar a música foi "I know I was wrong, but you could've said goodbye, baby" – EU NÃO TE DISSE TCHAU?
– Não... - respondeu, triste. - você falou 'Justin… Eu preciso de um tempo. Não estou terminando nem nada, só… Preciso de um tempo. Eu meio que perdi a confiança em você' chorando, virou as costas e foi embora.
Saí dos braços dele e me sentei na beirada da cama. Fechei os olhos, me lembrando daquele dia, e comecei a chorar.
– Gi...? - falou, preocupado.
– Justin… Eu preciso de um tempo. Não estou terminando nem nada, só… - olhei para ele, que estava confuso - Preciso de um tempo. Eu meio que perdi a confiança em você - me levantei e fui em direção à porta, parando ali - ADEUS! - saí do quarto, mas voltei rapidamente. - e aí, melhorou?
– MEU DEUS GIOVANA QUE SUSTO NÃO FAZ ISSO COMIGO. - Fui até ele na cama, que me abraçou - por favor, não me deixa de novo...
– Não vou. Eu prometo. Nunca vou te deixar. - falei.
– Digo o mesmo - beijei sua bochecha e voltamos a ouvir o álbum.
– Explique essa - falei quando All Bad acabou.
– Lembra quando a gente começou a namorar e suas amigas eram um cu comigo? Diziam que eu fazia mal pra você, que eu ia quebrar seu coração... É sobre essa época. Tudo bem que depois de um tempo elas começaram a gostar de mim, então acabei quebrando seu coração e...
– É, elas meio que te odeiam de novo. - falei, fazendo uma careta.
– Imaginei mesmo...
– Mas vamos conquistar elas de volta, certo?
– Certo! Não vou quebrar seu coração novamente.
– PRÓXIMA - gritei, dando play na música e me recostando nele.
– PERA - ele tirou o celular da minha mão e pausou novamente - antes de começar a música, preciso explicar... Eu tava um pouco carente quando escrevi essa música, na seca mesmo. Então... Não se assuste. - ele apertou o play e PYD começou a tocar.
"From the door to the wall
Coffee table, girl, get ready
I’mma put you down"
– Realmente tava na seca hein? - falei.
– Eu sentia sua falta... E, bom, 19 anos, sozinho, hormônios à flor da pele... Como eu não podia fazer nada, fiz uma música.
– Tanta puta pra você comer no mundo e você me esperando...
– Esperei mesmo. Eu não queria que minha primeira vez fosse com uma pessoa qualquer, queria que fosse com você. E valeu a pena, completamente.
– Sério? Own, que fofo, Justin. Meio gay, mas fofo.
– Você vai ver o gay - ele começou a beijar meu pescoço, me fazendo arrepiar.
– JUSTIN, foco, musicas - interrompi antes que aquilo fosse longe demais. Não que eu não quisesse... Tínhamos acabado de começar essa 'vida', nós dois queríamos fazer 'aquilo' o tempo todo, mas antes tínhamos que acabar o que começamos. Dei play de volta em PYD. - fogão, balcão, mesa da sala de jantar, avião, trem, carro... Uau, que criatividade. - olhei para ele - mas podemos tentar.
– sério?
– Quem sabe... A vida é muito curta para não tentarmos em lugares novos, não é mesmo?
– Ok, próxima música, antes que eu perca o foco novamente. - eu ri e mudei de música. Era Roller Coaster. - outra sobre o término e as nossas brigas...
– Amei, próxima - falei quando a música acabou. E então Change Me começou, ele sussurrou no meu ouvido "essa é pra você também" e eu já soube que ela me faria chorar. Abracei Justin desde o início da música e chorei baixinho em seu peito. Quando acabou, olhei para ele, que sorria com algumas lágrimas nos olhos também. - essa é a minha favorita - sorri e ele me abraçou mais forte.
– Lembra daquela conversa que a gente teve, sobre eu precisar da sua ajuda e tal... - assenti - é essa música.
– Eu disse naquele dia e repito: eu topo te ajudar, pro que você precisar eu to aqui.
– Eu quero mudar. Ser um cara melhor, mais gentil, paciente... - beijei ele, interrompendo-o.
– Relaxa, eu to aqui pra te ajudar. Talvez eu possa te mudar, ser a luz que abre seus olhos, fazer dos seus erros, acertos.
– Dê uma chance, faça uma diferença na minha vida.
– Pode deixar. Vou te ajudar, ok? Eu estou pronta, se você estiver pronto.
– Ok amor, obrigado, de verdade. Eu sairia do meu caminho para viver de acordo com as palavras que você diz, não quero mais ser o mesmo.
– Proxima música antes que eu morra de amores por você. - beijei a bochecha dele e passei para Confident.
"She says it's her first time, I think she must've lied."
– Esse trecho eu mudei naquela noite, no Rio. Porque cara... Não pode ter sido sua primeira vez. Você tem certeza? Pode me contar!
– Claro que eu tenho certeza! - falei, ficando vermelha - Você que mentiu, aquela não foi a sua primeira vez, né? Você parecia saber muito bem o que estava fazendo...
– Foi sim! E você também parecia!
– Ok ok, então assim percebemos que realmente fomos feitos um pro outro, o encaixe perfeito!
– Literalmente - ele então me puxou pela cintura e me beijou.
– JUSTIN, AINDA NÃO, faltam 6 musicas. Tá acabando, calma. - fechei os olhos, respirei fundo e tentei não pensar no que ambos queríamos fazer...
Dei play no celular novamente e começou a tocar One Life.
– Ah Justin, que fofa - falei ao final da canção - meio stalker psicopata, mas muito fofo você. - ele riu e me abraçou.
A próxima era backpack. Fiquei meio "WTF" com a letra, mas ele explicou.
– Resumindo: eu quero te proteger a todo custo, seja dos fãs que são merda com você, ou da mídia que cai em cima de nós o tempo todo. Quero te proteger e te guardar na minha "mochila". Você é minha melhor amiga, minha namorada, não posso deixar nada te machucar.
– Ah Justin, que lindo. Mas você viajou, hein?
– Viajei mesmo... - ele riu e colocamos a próxima, What's Hatnin.
– Essa é muito sobre a nossa briga.
– Exato! - Justin falou.
A música seguinte era Swap It Out, que também achei linda.
Gostei também de Memphis, além de uma letra linda tinha uma batida bem legal.
Mas a última foi uma das que eu mais gostei - Flatline. Era muito sobre o nosso relacionamento, a época da separação, o tempo... Quando vi estava chorando, encostada no peito de Justin. Ele me abraçava e tentava me acalmar, mas eu simplesmente precisava daquilo. Eu precisava chorar e colocar tudo pra fora.
– Eu sinto muito - falei.
– Por que? - perguntou, passando a mão em meu cabelo.
– Por ter ido embora. Quebrado seu coração. Te deixado assim - apontei para o celular, onde o álbum estava aberto. - por não ter ficado ao seu lado quando você mais precisava, quando tudo começou a dar errado, eu não estava lá para te segurar.
– Gi - ele se ajeitou na cama de um modo que pudesse olhar em meus olhos - você não tem que se desculpar. Eu errei, você não teve culpa alguma. E outra, esse tempo foi bom pra nós dois, não é? Olha essas musicas maravilhosas...
– Foi mesmo - sequei minhas lágrimas e sorri - e agora tá tudo bem de novo...
– E vai permanecer assim. Para sempre.
– Sempre.
Ele me olhou com malícia, segurando meu rosto, e falou:
– Lembra do dia 2? Aquela noite não teria sido tão boa se não tivesse aquela saudade, aquele desejo...
– Verdade... E como foi boa. MEU DEUS! Quer repetir?
– Vamo."
– Aquele dia foi divertido - Justin fala - temos que fazer isso com o meu próximo álbum. Por isso, não posso deixar você ouvir nada, ok?
– Combinado, só ouço quando estiver pronto. - me deito em seu peito e é a vez dele de escolher uma memória para relembrarmos.